Nota: 9,5
Durante muito tempo, o projeto cinematográfico “The Avengers” não passou de um sonho megalomaniaco E porquê?
· Porque seria extremamente difícil reunir meia-dúzia de super-heróis mais conhecidos numa só película.
· O orçamento teria de ser estratosférico, pois imagine-se o que é ter de pagar os honorários milionários de um elenco recheado de estrelas (algumas mais que estabelecidas na alta-roda de Hollywood, outras em clara ascensão meteórica)
· . Depois, para que a coisa funcionasse devidamente, seria necessário apostar forte em filmes individuais de cada um dos super-heróis envolvidos no projeto, o que implicaria gastar toneladas de dinheiro em plena era de crise económica à escala mundial.
· Encontrar um espaço de tempo em que todas as estrelas do elenco estivessem disponíveis para filmar este projeto. Facilmente se consegue imaginar a grande dor de cabeça que advém de cada uma destas contrariedades.
Porém , a Marvel optou por não desistir deste autêntico projeto de sonho, fazendo tudo o que estava ao seu alcance para transformar “The Avengers” num dos maiores sucessos comerciais de todos os tempos. E a verdade é que tudo parece ter resultado da melhor forma, já que a obra de Joss Whedon possui todos os condimentos para agradar adultos e crianças com a promessa de dar boa luta de películas com “The Dark Knight Rises” e “The Amazing Spider-Man” na disputa pelo título de maior blockbuster do ano.
“The Avengers” inicia-se com a chegada à Terra do venenoso e sedento de poder Loki (Tom Hiddleston), o irmão adotado do deus nórdico Thor (Chris Hemsworth). Sentindo-se encorajado pela aliança feita com uma nova e perigosa raça de alienígenas, Loki não hesita em passar por cima de todos os que se atrevem a enfrentá-lo na demanda pelo Tesseract, um cubo de propriedades mágicas que permite ao seu utilizador abrir portais para entrar em contacto com outras galáxias distantes. Sendo incapaz de conquistar a Terra sozinho, Loki procura o Tesseract para arqutetar uma invasão alienígena e espalhar o caos e a guerra um pouco por todo o lado. Porém, a sua tarefa não se afigura fácil, já que a S.H.I.E.L.D. e o seu diretor Nick Fury (Samuel L. Jackson) tudo fazem para impedir que o cubo mágico acabe nas mãos do deus maléfico. Mas confrontado com o maior inimigo que alguma vez enfrentou, Fury depressa se apercebe que não terá a mínima hipotese de sucesso se não contar com a ajuda de um grupo de indivíduos muito especiais. Assim entram em cena o Iron-Man de Tony Stark (Robert Downey Jr.), o Captain America de Steve Rogers (Chris Evans), o Hulk do Dr. Bruce Banner (Mark Ruffalo) e o regressado Thor, deus do trovão. Com a união destes quatro talentosos super-heróis, a Terra parece estar no caminho certo para a salvação. Mas poderá o ego elevado de cada um deles comprometer a missão de salvamento?
Curiosamente, o que se afigurava como a maior pedra no sapato deste projeto cinematográfico acaba por ser o seu maior trunfo. A priori, praticamente todos concordavam que o maior desafio de Joss Whedon passava por conferir o mesmo nível de importância a todos os super-heróis, fazendo com que nenhum assumisse um papel de maior relevo sobre os outros e apresentando assim uma narrativa mais natural e menos afetada por exigências contratuais prévias
Com tantas estrelas juntas numa só película, adivinhava-se uma autêntica batalha pelo foco das câmaras nos momentos-chave da narrativa. E como é que Whedon transpôs este problema sério? Com um roteiro dinâmico, cheia de atritos entre os quatro super-heróis ,com diálogos hilariantes, que torna a narrativa tão divertida e apetecível.
Ver Iron-Man, Thor, Captain America e Hulk a batalharem todos juntos no grande ecrã é já de si uma imagem forte e carregada de impacto (físico e emocional). Mas vê-los a trocar provocações repletos de sarcasmo é uma autêntica delícia!
Em termos visuais, “The Avengers” é tudo aquilo que se esperava: absolutamente espetacular. A batalha final é tão eletrizante que quase vale pelo filme inteiro, comprovando que os efeitos visuais estão cada vez mais próximos da perfeição e que Whedon não vacilou no momento da verdade.
Felizmente, porém, “The Avengers” não vale só pela ação, afirmando-se como uma obra bem divertida e inteligente quanto baste para fazer as delícias dos fãs da Marvel. O humor percorre a película com naturalidade, e só é pena que muitos dos momentos cômicos se façam à custa de Loki, enfraquecendo a sua imagem enquanto vilão à altura de um acontecimento destes.Um vilão mais ''forte'' teria sido interessante também.
Apenas faço um aparte para os ‘’monstrengos ‘’ enviados pelos alienígenas no final,descaradamente parecidos ao do filme ‘’Transformers 3 ‘’ Coincidência? Ou referencia velada???
“The Avengers” é pura diversão, foi incrivelmente animada a sessão de cinema
Com pessoas rindo,aplaudindo e comentando suas frases preferidas,muitos inclusive comentando que iriam assistir de novo.
Com toda certeza será um dos filmes de maior bilheteria do ano!
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