Nota: 6,5
Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror) 2012
Direção de Tarsem (Singh). Com Julia Roberts, Nathan Lane, Lily Collins, Armie Hammer, Jordie Prentice, Mare Winngham, Sean Bean
O sucesso espetacular de Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton provocou as imitações e as várias e diferentes adaptações de outros contos de fadas para o cinema e mesmo televisão (série Once Upon a Time). Já tivemos a fracassada Chapéuzinho Vermelho, de A Garota da Capa Vermelho e agora este novo Branca de Neve que foi esmagado nos EUA pelo fenômeno Jogos Vorazes .
Mas a verdade é que é um filme relativamente modesto feito em alguns sets de estúdio onde o diretor indiano Tarsem (o que esplica a ‘’rídicula’’ cena final de dancinha a lá Bollywood!) costuma filmar O filme é propositalmente estilizado, fantasioso, aliás, como deveria ser. Julia como a rainha/madrasta e bruxa serve como narradora para relatar como despreza a enteada Branca (feita por Lily Collins, a filha de Phil Collins ,que insiste em não depilar as sobrancelhas!) que vive prisioneira no castelo. Eventualmente consegue fugir e ser socorrida pelos sete anões.
Uma boa surpresa: é muito difícil encontrar atores anões tão competentes e bons interpretes como neste caso. Não fazem chanchada nem circo, são tratados com todo respeito e acabam funcionando. Já se sabia que a história de “Mirror Mirror” não ia ser inteiramente fiel ao clássico e sombrio conto da “Branca de Neve e os Sete Anões”, mas o argumento de Marc Klein e Jason Keller (Guionistas) ignora por completo o espírito e as principais mensagens morais da sua ilustre base narrativa, mas para além de não reforçar e/ou exteriorizar as ideias de amor incondicional, lealdade incontestável, ganância desmedida e inveja destrutiva, “Mirror Mirror” também aborda a rivalidade mortal entre a Branca de Neve e a Rainha Má,mas nunca chega a ser sombrio,tudo e ‘’divertido e engraçadinho demais’’
A narrativa da Rainha Má, Julia Roberts ,é muito interessante,só que as crianças não vão acompanhar o cuja leve e descontraída construção até me agradou bastante ,um pequeno toque de sofisticação. O mesmo não se pode dizer de Lily Collins, cuja terrível performance contribuiu para transformar a adorável Branca de Neve numa menina ‘’so sweet’’ demais , irritante ... Julia Roberts é, sem dúvida, um dos grandes destaques desta comédia infantil, mas o grande trunfo qualitativo desta produção é a sua bela e detalhada vertente técnica/ visual É sabido que Tarsem Singh não é o realizador mais talentoso e astuto do mundo, mas todos os seus filmes são tecnicamente deslumbrantes e este “Mirror Mirror” não foge à regra
. Os seus cenários são muito bonitos e têm um ar muito cuidado e detalhado que confere uma dimensão bastante singular ao filme, mas a grande estrela técnica desta obra é o seu extravagante guarda-roupa que cativa a imaginação dos espectadores com os seus minuciosos vestidos e uniformes cheios de cor. Em suma, “Mirror Mirror” tem uma estética maravilhosa e não é um filme tão fraco como os seus trailers levam a crer, encare como sessão da tarde, filme pra criança que a gente curte de vez em quando.
Não leve muito a sério que dá certo ele! Ele achará seu publico alvo em home vídeo Curiosidade: O título em Portugal, ‘’ Há alguém mais Gira do que eu!’’ WTF??
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