segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Critica - O Artista



Nota: 10 

Foi com alguma relutância que resolvi assistir ao filme“O Artista”
Como milhares de pessoas que infelizmente pensaram como eu,e perderam a oportunidade única de voltar ao tempo e ver esse maravilhoso filme, ao mesmo tempo tocante,divertido onde a voz pouco faz falta,para mim não fez falta alguma ! Só deu um novo sabor a história.

“The Artist” não é apenas um filme mudo, é uma homenagem a um período de transição em Hollywood, em que grande parte das estrelas do cinema mudo que  viram as suas vidas mudarem para sempre com a aparição dos talkies e com a subsequente aposta das produtoras exclusivamente no cinema sonoro, deixando de lado o cinema mudo.
A história do filme começa em 1927, data que marca a estréia do primeiro longa-metragem sonoro da história, “The Jazz Singer”, numa época em que o cinema mudo encontra-se no auge , com a estrela George Valentin sendo um ídolo das massas que faz a festa com paparazzis e é manchete nos jornais. Valentin representa toda a época de glamour que rodeava as estrelas do cinema mudo, em que o mistério sobre as suas vidas e sobre as suas vozes despertava ainda mais a curiosidade do público em relação às suas figuras. É a mítica era de estrelas como Greta Garbo, Rodolfo Valentino (falecido em 1926), Lilian Gish, entre outros.

 

 No início do filme, ainda vemos Valentin no topo da sua fama e reconhecimento, sendo idolatrado pelo público e pela imprensa. Com a entrada em cena do som, no entanto, este vê a sua popularidade decrescer, em contraste com a ascensão meteórica de Peppy Miller (Bérénice Bejo), uma protegida do ator, que, com a introdução do som, acaba por se tornar numa estrela de Hollywood. Esta nova fase irá levar os estúdios a cancelarem todos os filmes mudos, algo que destrói parte das ambições do personagem de Jean Dujardin 




Bem contar mais ,seria estragar a história,mas eu garanto que o filme é ágil,divertido e com drama no ponto certo,me lembrou os filmes de Charlie Chaplin.

 
Curiosamente,é o fato de “The Artist” ser um filme mudo que permite mesclar seu elenco com atores de nacionalidades diversas, sem que os diferentes  sotaques sejam relevantes; Jean Dujardin tem origem Francesa, Bérénice Bejo argentina, James Cromwewll e John Goodman são norte-americanos e Malcom McDowell é britânico.

O filme por ser mudo ,meio que obriga os atores  a expressar os seus sentimentos através dos movimentos corporais, dos trejeitos da sua face, da sua forma de mexer os lábios e as diferentes partes do corpo,nisso Jean Dujardin e Bérénice Bejo a revelaram-se exímios na arte da pantomina.Eu já torço por um Oscar para esse ótimo ator,que eu até então desconhecia.
Ele é de uma simpatia cativante,mesmo nos piores momentos conseguiu expressar uma doçura no seu olhar.Que aula de interpretação corporal ele deveria dar para certos atores trogloditas!


 
 Tem também o cãozinho que acompanha Jean Valentin ao longo de vários momentos da sua vida (mesmo quando este vai ao cinema) e que promete tirar alguns risos junto do público, gerando um sentimento de ternura por toda a audiência, ou não tivesse este presente em todas as fases mais importantes da vida do dono.O cão ''ator'' consegue expressar até os movimentos seguindo a de 
Dujardin !

Belo, impressionante, raro, um filme para ver e rever vezes sem conta, onde cada cena aparece recheada de uma beleza fora do comum. “The Artist” pode não arrebatar os Oscares, mas certamente se tornará inesquecível.

Um comentário:

Película Criativa disse...

Belo texto!

O Artista é adorável, o meu favorito ao Oscar de melhor filme.

Visite: http://peliculacriativa.blogspot.com/2012/02/critica-artist-o-artista-2011-um-filme.html

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