Nota: 10,00
Os cinco sentidos são essenciais para a vida humana, sem estes certamente não teríamos a oportunidade de ver “Perfect Sense”, um romance recheado de elementos de ficção-científica que mexe com os seus sentidos, com os seus sentimentos e certamente fará despertar o seu lado mais romântico e reflexivo.
Todos os anos somos confrontados com várias epidemias, situações graves que ameaçam tomar proporções desmedidas e colocar em perigo o ser humano. Epidemias como a gripe das aves, febre suína, vaca louca, entre muitas outras, fizeram parte do nosso cotidiano durante alguns tempos, até a situação estar mais controlada.
Em “Perfect Sense” a epidemia ataca os sentidos vitais e rouba aos seres humanos a plenitude da sua existência, deixando-os sem saborear, cheirar, sentir, ver, e ouvir. Todos nós iríamo-nos sentir desespero perante tal situação, Michael e Susan não são exceção, estes vêm de um momento para o outro todos os seus sentidos definharem, à medida que a humanidade vai perdendo a fé e a esperança na salvação.
Em “Perfect Sense” a epidemia ataca os sentidos vitais e rouba aos seres humanos a plenitude da sua existência, deixando-os sem saborear, cheirar, sentir, ver, e ouvir. Todos nós iríamo-nos sentir desespero perante tal situação, Michael e Susan não são exceção, estes vêm de um momento para o outro todos os seus sentidos definharem, à medida que a humanidade vai perdendo a fé e a esperança na salvação.
David Mackenzie retrata os efeitos da epidemia porém,não explorando o pânico constante ou declarações de líderes políticos, mas a partir do restaurante em que Michael trabalha. A cada sentido que vai embora, apesar das privações, o restaurante continua.
Não mais como um lugar em que se vai apenas para comer, mas como um lugar para sentir e se relacionar. O olfato e o paladar foram embora, mas o ato de ir ao restaurante com os amigos ou com a família, curiosamente, se fortalece,a humanidade tem a tendência de lutar para manter o que realmente importa,os prazeres,os valores.
Isso demonstra que a necessidade que temos de estarmos juntos,mesmo que em volta de comida (coisa que transcende os milhões de anos!) não é apenas isso ,é mais! É a necessidade de dividir !
Michael(Ewan MacGregor) e Susan (Eva Green)procuram viver uma paixão em tempos de destruição da humanidade, procuram a esperança no amor e na crença que melhores dias virão, procuram acima de tudo a companhia um do outro, enquanto tudo à sua volta é destruído de forma calma e contemplativa pelo fluxo inexorável e impiedoso do destino.
O filme mostra que precisamos nos desvencilhar dos sentidos para sentirmos o amor em sua essência.
E então após a cegueira temos a compreensão, o perdão, o além dos sentidos
Um filme prá ser pensado e apreciado, senti ‘’ necessidade ‘’ de abraçar meu marido e filha depois que assisti.
Que valor terá o cheiro da pessoa amada,o gosto,a saudade do perfume dos cabelos de alguem...o som da voz...a privaçâo de tudo que importa é de pirar!
O filme foi exibido no início de 2011, durante o Festival de Sundance, ainda com o título de ''The Last Word'', e passou por aqui em outubro, no Festival do Rio.Injustamente um fracasso de bilheteria,que tenha mais sorte no boca a boca e nas locadoras.
O filme foi exibido no início de 2011, durante o Festival de Sundance, ainda com o título de ''The Last Word'', e passou por aqui em outubro, no Festival do Rio.Injustamente um fracasso de bilheteria,que tenha mais sorte no boca a boca e nas locadoras.
Recomendo muito! Se tornou um dos meus favoritos...
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