sábado, 19 de maio de 2012

Festival de Cannes 2012 - Resumo dos Primeiros Dia










CANNES, 16 Mai 2012 (AFP) - O cineasta americano Wes Anderson e todo o elenco de seu filme "Moonrise Kingdom" declararam aberto o 65º Festival de Cinema de Cannes, em uma cerimônia nesta quarta-feira no Palácio dos Festivais que reuniu centenas de estrelas.









"Declaramos aberto o 65ª Festival de Cannes", declarou Anderson, acompanhado dos atores Edward Norton, Bruce Willis, Bill Murray, Tilda Swinton e Jason Schwartzman, além das crianças Kara Hayward e Jared Gilman, atores de "Moonrise Kingdom", um filme lúdico e melancólico que estreou no festival.A franco-argentina Berenice Bejo tinha dado antes as boas-vindas aos 3.000 convidados para a cerimônia de abertura do maior Festival de cinema do mundo, que reunirá durante 12 dias a realeza de Hollywood e gigantes e jovens talentos do cinema.Vestida de vermelho, Bejo, designada mestre de cerimônias do Festival de Cannes - que no ano passado a recebeu como a desconhecida intérprete do filme mudo em preto e branco "O Artista", que começou ali uma carreira de triunfos mundiais - apresentou os membros do júri, presidido pelo cineasta italiano Nanni Moretti.Moretti, que foi recebido com aplausos de pé, destacou a atitude da França, que soube manter um cinema nacional quando outros países desprestigiaram as produções locais, entre eles a Itália, seu próprio país."Obrigado a este país que, diferentemente de outros, continua sempre reservando um lugar ao cinema", disse o presidente do júri, que conquistou a Palma de Ouro em Cannes em 2001 por "O quarto do filho"."É para mim uma grande honra, um grande privilégio, uma grande responsabilidade, ser presidente do júri do festival de cinema mais importante do mundo", acrescentou.



  




Moonrise Kingdom
16 de Maio – O Festival de Cannes 2012 arrancou com a exibição de “Moonrise Kingdom”, um drama de Wes Anderson que deixou a crítica um bocado desiludida, porque muitos estavam à espera de um filme mais ambicioso e artístico. A imprensa mundial revela que esta obra tem uma boa história e um bom elenco, mas não é de todo um sério candidato à Palma de Ouro.






                                                                          Rush & Bone 
17 de Maio – O novo filme de Jacques Audiard, “Rush & Bone”, deixou a crítica dividida após a sua primeira exibição no Festival de Cannes. As performances de Marion Cotillard e Matthias Schoenaerts foram elogiadas pela esmagadora maioria dos críticos que assistiram ao filme, mas muitos jornalistas norte-americanos não gostaram de “Rush & Bone” e alguns até disseram que esta produção não merece estar entre os filmes que lutam pela vitória na Competição Oficial deste famoso festival. A crítica britânica foi mais benevolente, com o The Guardian e o The Telegraph a consideram-no uma obra comovedora e intensa que, mesmo assim, não se aproxima minimamente do valor do último trabalho de Audiard – “A Prophet”. "After the Battle”, de Yousry Nasrallah, foi o outro candidato à Palma de Ouro a ser exibido durante este segundo dia e também não conseguiu reunir o consenso da crítica, tendo mesmo recebido mais críticas negativas que “Rush & Bone”. A imprensa internacional revela que o filme até nos transmite algumas mensagens interessantes sobre as consequências da Primavera Árabe no quotidiano da sociedade egípcia, mas peca pela sua excessiva duração e pela lentidão e intermitência com que nos é contada a história central. Os filmes “Mistery” e “Student” foram exibidos no âmbito da Secção Un Certain Regard.













18 de Maio – O terceiro dia deste certame acolheu a estreia de mais dois filmes da Seção Competitiva – “Reality” e “Paradise: Love”. “Reality”, o novo trabalho do talentoso realizador de “Gomorra”, Matteo Garrone, teve uma recepção amena por parte da crítica internacional que apreciou o tema central deste filme, que versa sobre o magnetismo de programas como o “Big Brother” ou a “Casa dos Segredos”, mas não apreciou a forma como Matteo Garrone o estruturou e filmou. “Paradise: Love” teve a mesma sorte que “Reality” e não convenceu a maior parte da crítica. Este drama de Ulrich Seidl sobre uma idosa europeia que encontra no Quénia um jovem que a consegue satisfazer quer a nível emocional quer a nível sexual, aborda uma série de temáticas interessantes como a prostituição masculina ou o fenomeno das “sugar mamas”, mas ninguém parece ter ficado muito entusiasmado com esta polémica produção. Os enviados do The Hollywood Reporter e da Time Out América em Cannes foram apenas dois dos vários jornalistas que acharam este “Paradise: Love” um filme aborrecido e sem qualquer interesse   dramático. No âmbito da Seção'' Un Certain Regard '' foi exibido "Laurence Anyways”, um belo drama de Xavier Dolan que deslumbrou o público presente, que não hesitou em aplaudir este jovem cineasta no final da projeção desta brilhante obra que já é apontada como uma das grandes favoritas à vitória nesta secção secundária. À margem da Competição Oficial realizou-se a estreia mundial do blockbuster animado “Madagascar 3: Europe’s Most Wanted”, um evento que trouxe um bocado de animação infantil ao Festival de Cannes.







19 de Maio  - CANNES 2012: jornalistas abandonam sessão de Os Infratores

 
  Os Infratores, estrelado por Shia Labeouf (Transformers) e Tom Hardy (A Origem) chocou e fez jornalistas abandonarem sessão em Cannes neste sábado. O longa é um dos mais violentos que já competiram no festival francês.Ambientado nos anos 30, época da Lei Seca nos EUA, mostra como os irmãos Bondurant comandam uma destilaria de uísque nas proximidades de Virgínia. Quando um oficial corrupto (Guy Pearce) ameaça os irmãos com extorsão, eles não cedem e a guerra toma proporções cada vez mais violentas.Para o papel, Shia Labeouf e Hardy e foram pra academia malhar juntos. "O filme tem esse clima bagunçado, sujo, mais realista. As brigas não são coreografadas como num balé, e a violência vai aos extremos", disse Labeouf em entrevista coleiva.O britânico Tom Hardy agradeceu a comparação com Marlon Brando feita por um jornalista. "Não posso dizer que me inspiro nele. Não vi O Poderoso Chefão, nem Sindicato de Ladrões, nem ‘Um Bonde Chamado Desejo. Mas fico feliz, claro."O roteiro é do músico Nick Cave, que comentou sobre a obra. "O livro tem um sabor que me pegou logo de cara. A violência por si só é entediante, mas essa história tem uma boa mistura de violência e sentimentalismo", explicou.Ele comparou a época da Lei Seca com os dias de hoje. "Proibição ainda existe, e continua a falhar absurdamente no seu cerco às drogas", declarou na entrevista coletiva.Os Infratores estreia no Brasil em 14 de setembro.
                       



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